O Cerrado, logo após a Mata Atlântica, sofreu bastante com a ocupação
humana. Atividades como o garimpo poluíram de mercúrio as águas dos
rios e causaram o assoreamento de cursos de água, sendo a expansão
agrícola e pecuária o maior fator de risco atualmente. A monocultura
intensiva de grãos e a pecuária extensiva de baixa tecnologia são as
duas principais ameaças à biodiversidade do cerrado, pois a utilização
indiscriminada de agrotóxicos e fertilizantes têm contaminado também o
solo e a água e os poucos blocos de vegetação nativa ainda inalterada no
Cerrado devem ser considerados prioritários para implementação de áreas
protegidas, já que apenas 0,85% do Cerrado encontram-se oficialmente em
unidades de conservação.
Como se o reduzido número de áreas de
conservação ou a caça ilegal não fossem o suficiente para chamar a
atenção e gritar por pedidos de cuidado, existe um problema maior, com
raízes nas políticas agrícola e de mineração impróprias e no crescimento
populacional, pois, historicamente, a expansão agropastoril e o
extrativismo mineral têm se caracterizado por um modelo predatório.
60%
da área total é destinada à pecuária e 6% aos grãos, principalmente
soja, resultando na maior ameaça à integridade do Cerrado: a destruição e
a fragmentação de habitas.
É verdade: cerca de 80% do Cerrado já
foi modificado pelo homem por causa da expansão agropecuária, urbana e
construção de estradas – em torno de 40% conserva parcialmente suas
características iniciais e outros 40% já as perderam completamente.
Apenas 19,15% correspondem a áreas nas quais a vegetação original ainda
está em bom estado.
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