quinta-feira, 10 de abril de 2014

Ação Humana no Cerrado

 O Cerrado, logo após a Mata Atlântica, sofreu bastante com a ocupação humana. Atividades como o garimpo poluíram de mercúrio as águas dos rios e causaram o assoreamento de cursos de água, sendo a expansão agrícola e pecuária o maior fator de risco atualmente. A monocultura intensiva de grãos e a pecuária extensiva de baixa tecnologia são as duas principais ameaças à biodiversidade do cerrado, pois a utilização indiscriminada de agrotóxicos e fertilizantes têm contaminado também o solo e a água e os poucos blocos de vegetação nativa ainda inalterada no Cerrado devem ser considerados prioritários para implementação de áreas protegidas, já que apenas 0,85% do Cerrado encontram-se oficialmente em unidades de conservação.


 Como se o reduzido número de áreas de conservação ou a caça ilegal não fossem o suficiente para chamar a atenção e gritar por pedidos de cuidado, existe um problema maior, com raízes nas políticas agrícola e de mineração impróprias e no crescimento populacional, pois, historicamente, a expansão agropastoril e o extrativismo mineral têm se caracterizado por um modelo predatório.



 60% da área total é destinada à pecuária e 6% aos grãos, principalmente soja, resultando na maior ameaça à integridade do Cerrado: a destruição e a fragmentação de habitas.



 É verdade: cerca de 80% do Cerrado já foi modificado pelo homem por causa da expansão agropecuária, urbana e construção de estradas – em torno de 40% conserva parcialmente suas características iniciais e outros 40% já as perderam completamente. Apenas 19,15% correspondem a áreas nas quais a vegetação original ainda está em bom estado.

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